So long, and thanks for all the fish

Um novo momento de carreira está por vir, e isso colocará um pausa no guladigital por tempo indeterminado. Vou buscar a pergunta fundamental sobre a vida, o universo e tudo mais. A resposta a gente já sabe.

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Net neutrality: batalha vencida – falta a guerra

We won the internet back

Nilay Patel sobre os comentários de Tom Wheeler e a nova proposta de net neutrality:

And it was demanded, and loudly: the FCC’s computers crashed multiple times under the commenting load, John Oliver sent the entire agency into a tizzy, and eventually the president stepped in to reassure the people that they had been heard. Just a few months ago the FCC was still figuring out how to allow fast lanes and slow lanes, and the internet protested again — this time through newly motivated tech companies and an entirely new constellation of advocacy groups dedicated to preserving the open internet.

That’s worth repeating: the hundreds of thousands of people who called and emailed and wrote to the FCC and their elected officials over the past year demanding that the government protect the internet were actually heard. Sometimes the system does work.

Demais. E feliz por ter sido um dos 3 milhões que enviou comentários ao FCC.

Um belo começo de 2015

Essa semana foi de grandes notícias, e vou matar as três maiores diretamente:

HoloLens: todo mundo adora odiar a Microsoft, mas não dá pra negar que o Nadella mudou o rumo da empresa, e pra muito melhor. Já me queimei ficando empolgado com hardware da Microsoft, mas torço para que esse holograma dê muito certo. Acredito que é nessa direção que a start-up stealth do Google (Magic Leap) está trabalhando. E já sabemos que o Win 10 vai ser bom.

18 bilhões: foi o maior trimestre, de qualquer empresa, na história, no mundo inteiro. 74 milhões de iPhones com o maior preço médio já registrado (puxado pelo 6+). A Apple vai morrer sem iPhone barato, né “analistas“?

Adeus Flash: uma vez o formato padrão e de respeito na web, Flash agora perdeu sua última batalha. Jogos viraram apps, e streaming agora reina em HTML5. Não dou muito tempo para a Adobe parar com seu desenvolvimento.

E isso é só o começo de 2015. De relógios a hologramas, esse ano promete.

Pastor metralhadora

YouTube announces plans for a subscription music service

Estratégia do Google: sair atirando pra todo lado. Uma hora acerta. Na estratégia de rede social já foram três tentativas, incluindo o milionário Google+. Que até hoje é deserto. Em música, será a terceira tentativa também (o pior é que o Google Music ainda vai continuar existindo).

O Android as vezes é confuso, mas a estratégia do Google é ainda mais.

Fica a dúvida: se o YouTube vai continuar com um produto que é free e suportado por ads, a Taylor Swift também vai sair do Google?

Swift x Spotify

A decisão da Taylor Swift de tirar todas suas músicas do Spotify semana passada me pegou de surpresa não só por ser polêmica, mas pela primeira vez uma música da minha playlist tinha ficado cinza.

Tentei analisar bem os dois lados da moeda, e apesar de entender um pouco o lado da artista, não concordo com a atitude e não vou apoiar.

Dizem alguns bastidores que a Taylor não concorda é com o produto “free” do Spotify (tanto é que ela não retirou suas músicas do Rdio, Beats ou Google Music). Nesse ponto eu até me simpatizo. A receita de ads é muito pequena quando comparada com a de um assinante, e todo mundo perde com isso – a empresa, o estúdio e o artista. O modelo de assinante é muito mais rentável. Eu gostaria que o Spotify tivesse aceitado o pedido dela de retirar somente da parte free, seria um teste, mas isso seria uma bagunça para seus clientes. Não foram flexíveis.

Mas aí então a Taylor retira todos suas músicas do maior serviço de streaming do mundo. Aquele que, na Europa, já paga mais pros artistas que o iTunes. Ninguém tem dúvida que “1989” já é um sucesso e vai ser mais ainda, e com isso Taylor vai perder milhões e milhões de dólares de receita que teria do Spotify. 16 dos 40 milhões de usuários do Spotify já tocaram Taylor Swift. Ela não foi flexível.

Eu acredito muito no modelo de negócios de streaming. Dois fatores que eu vejo no argumento dela sobre “remuneração baixa”: 1) quanto mais o serviço crescer, maior será a receita de todo mundo. A torta ainda é pequena pro potencial que tem. 2) Quem “ferra” mais com o artista é o contrato da gravadora, e não o do Spotify.

Se realmente as vendas do novo albúm aumentarem por não estar no Spotify, isso vai abrir um precedente muito perigoso pra já difícil indústria da música. Eu torço muito pra que isso não aconteça, pois isso coloca em risco todos os serviços de streaming, o único canal da indústria que cresce. Porém, como eu disse, minha playlist tem um música cinza, e se eu comprar no iTunes eu vou simplesmente contribuir negativamente para o efeito que a Taylor quer causar.

Como protesto, “baixei” a música (primeira vez desde 2007). Shake it off, Taylor.

UPDATE: depois de uma boa conversa com uma colega que admiro muito, resolvi protestar de outra forma. Apaguei a música “baixada” e assinei um segundo serviço de streaming. Assim eu contribuo melhor para a indústria.

‘I dropped the phone on my face’

Even Apple didn’t want my iPhone 6 Plus

Esse frase do Chris Plante é a que melhor resume minha aversão pelo iPhone 6 Plus. Eu tenho o mesmo ritual e foi isso que deixou minha decisão fácil pelo 6:

I grabbed the phone, held it above my face and began my 7AM tradition of checking email and Twitter.

It was when I attempted to retweet something about the Kansas City Royals, that it happened. I dropped the phone on my face. When you drop a 5.5-inch plate of glass and metal on your face, you take it for the sign it is.

By 9AM on Saturday morning, I was on my way to the Apple Store.

Literalmente, na cara.

The FapU2orderbend8.0.1gate

Que semanas que a Apple está vivendo. Depois da euforia do lançamento dos iPhones 6 e do Apple Watch, a empresa vive uma fase terrível em relação a PR.

Fotos de celebridades via iCloud, album do U2 forçado, overload no pre-order, buggy iOS 8, iPhone 6 Plus bendgate e agora esse pífio update do 8.0.1.

Tá ficando feio pra empresa do “just works”.

Muito mais que uma tela maior

Eu nunca imaginei que a Apple faria um iPhone maior que 5 polegadas. Até mesmo maior que 4. Quando o iPhone 5 foi lançado, eu falei ‘pronto, esse é o tamanho para a próxima década’. A questão da usabilidade – especialmente com uma mão – sempre foi core para a Apple e não seria concorrência que faria a Apple mudar de ideia.

Dois anos depois, não só temos dois modelos de iPhone pela primeira vez (5C não conta pois ele é um iPhone 5 disfarçado) mas os dois são em tamanhos maiores. E não existe mais o tamanho ‘pequeno’ – pequeno agora é 4.7”, você gostando ou não.

Eu tenho certeza que a turma do Android vai falar que a Apple só está copiando, que não tem nada de novo. Incluindo o péssimo gosto da Samsung. De fato, a Apple chega atrasada nessa festa. Mas foi muito mais do que ‘seguir a concorrência’ que motivou o tamanho dos iPhones 6.

TELA MAIOR + TRADE OFF

Na maioria dos artigos que tenho lido, o ponto principal do iPhone 6 é que ele é simplesmente um iPhone grande. Nada mais, nada menos. Não existe nada de revolucionário, é um upgrade que deixa o iPhone, pra muita gente, ‘finalmente perfeito’. Os pingos nos Is e os cortes nos Ts. Mas ao dizer que ele é simplesmente um iPhone grande, eles estão falando exatamente o porquê da Apple comprometer na usabilidade: um tamanho de tela de iOS que abre muito mais benefícios.

Deixa eu explicar melhor. Quando a Apple anunciou o iPad, minha primeira opinião foi pessimista. Pensei ‘isso é só um iPhone grande, nada mais’. O que eu não vi foi exatamente isso – todo o ecossistema que a Apple tinha criado agora estava disponível em um tela muito maior, com muito mais opções de uso para desenvolvedores e usuários. Olhem o número de aplicativos que só existem para iPad. Só é possível pela nova experiência que antes não era possível numa tela de 3.5”. É esse o potencial que vejo pros novos iPhones (claro que não na mesma escala).

No iPhone 6 você vê muito mais conteúdo – e-mails, mensagens, sites, tudo. Mas também abre oportunidade pra novas interfaces, assim como a Apple está fazendo com o 6 Plus no modo horizontal. Esse tipo de interação nunca seria possível antes, e sendo sincero, eu espero que um dia ela também implemente no iPhone 6 (sorry, phablet não é pra mim).

Todos esses benefícios tem um trade-off. Usar o iPhone 6 ou 6 Plus com uma mão não é a mesma coisa. Está sendo ultra difícil até acostumar com o botão do lado ao invés de ser em cima – são sete anos apertando no mesmo lugar. Mas é uma questão de costume, algo que não só eu, mas muitas pessoas estão dispostas a trocar pelos benefícios da tela maior.

OS NOVOS IPHONES

É engraçado, mas eu acho que em design eu sempre remo contra a maré. Todo mundo odiou as linhas das antenas no iPhone 6. Eu achei irado. Pra mim o melhor design da Apple, que volta a ter as traços do primeiro iPhone – até então meu favorito. Prefiro os cantos arredondados (melhor para segurar na mão), que somados à curva nos cantos da tela fazem do iPhone 6 um gadget muito legal de usar. Prepare-se para acostumar com o novo tamanho – mas a espessura, peso e esses pequenos detalhes ajudam muito, muito mesmo. E a nova função de reachability – que abaixa a tela pra você usar com uma mão só – também ajuda, apesar de não resolver (trade-off no estilo Apple).

Agora, o iPhone 6 Plus é grande. Enorme. Podia chamar iPad Nano. Sério, apesar de eu já ter visto e brincado com o Samsung Note 3, pegar o Plus na mão foi assustador. Essa foto aqui diz tudo. É perfeito para quem quer ter um só device – dá pra substituir seu iPad mini. Mas definitivamente não é pra mim – é estranho segurar no rosto, você sente muito ele no bolso e usar com uma mão só na cama antes de dormir é impossível. Até chegar no canto direito da tela já é um pouco difícil. Mas é um aparelho que resolve o problema de muita gente, fora que essa demanda na China é muito maior que no resto do mundo (o que sozinho justifica a Apple criar esse modelo).

Ainda existe muito pra eu testar, mas estou particularmente empolgado com a nova câmera. É o meu primeiro iPhone com slow-mo, e em 240fps dá pra fazer vídeos muito legais.

MOTION e NFC

O app de health vai depender muito de como os aplicativos serão integrados, mas eu já vejo ele sendo o nosso ‘big data’ pessoal. É uma ótima ideia e eu me vejo tentando acompanhar e ser mais cuidadoso, mas vai depender de quão fácil os dados irão aparecer no dashboard. Tem gente com preguiça de ir na academia, imagina então inputar dados de calorias.

Payments é algo que eu sempre quis ver acontecer. Quando vi o Touch ID ano passado fiquei super empolgado. Tudo vai depender das lojas começarem a aceitar, o que faz sentido da decisão da Apple adotar NFC – fica mais fácil e rápido pra expandir no mercado. Mas demora – mesmo nos EUA, e imagina pro resto do mundo (lembrando que até hoje o iTunes no Brasil ainda é em dólar). Mas se der certo, é o começo do fim da carteira como a gente conhece (documento de identidade é o próximo passo).

Enfim, eu também faço eco em relação a frase ‘são apenas iPhones grandes.’ Mas isso é o grande benefício, criando uma nova oportunidade para os desenvolvedores criarem ainda mais usos para essas telas maiores. Esse potencial nunca foi aproveitado no Android, mas algo me diz que as (grandes) coisas sempre acontecem (primeiro) no iOS. O trocadilho é um Plus.

‘It’s not about being the first’

Samsung mocks new iPhones in new released ads

Cada vez mais que eu vejo os comerciais da Samsung, mas distante eu fico de comprar um Android. Tá tudo errado. Ser o primeiro não quer dizer nada. Mas o pior é que, ao invés de atacar a Apple, a Samsung ataca os usuários – zombam exatamente daqueles que eles querem conquistar.